Falar de engenharia genética é caracterizar um conjunto de processos que permitem a manipulação do genoma de microrganismos vivos, com a consequente alteração das capacidades de cada espécie. A engenharia genética como ciência teve seus primórdios com Stanley e Cohen na década de 70. A ideia foi inserir material genético de uma espécie de sapo em uma bactéria. Esta transferência de material genético entre diferentes espécies biológicas, trouxe conhecimentos e abriu possibilidades de descobertas sem precedentes na ciência que permitiu a RE- construção de sistemas biológicos, microorganismos.
Mas
com todas as aplicações que a engenharia genética pode ter, os organismos
geneticamente modificados são, sem dúvidas, um capítulo à parte quanto à
preocupação de biossegurança em seu uso/consumo. Modificar a informação
genética de um organismo significa poder alterar as próximas gerações,
indefinidamente, com aquela informação desejada, muitas vezes com objetivo
comercial de produção em larga escala. É um longo caminho até chegar ao passo
da produção em larga escala. O processo de modificação genética pode utilizar
muitas técnicas, passos para verificação dos resultados, análises e estudos de
estabilidade da informação genética frente aos descendentes.
Atualmente
a “evolução” genética imprimiu uma velocidade através da tecnologia de
engenharia genética e do conhecimento molecular do DNA. Muitas instituições
certificadas pelos órgãos regulamentadores produzem OGMs e atualmente o
termômetro é o mercado e a opinião pública. Um exemplo de sucesso reconhecido
pelos produtores é o milho transgênico que apresenta uma resistência grande
enquanto a soja transgênica perde credibilidade. Os vegetais são amplamente
utilizados em pesquisas com transgênicos, sendo os mais comuns a soja e o
milho. Legumes mais nutritivos, incrementados com super proteínas, verduras e
grãos resistentes a agrotóxicos, alimentos com menos gordura e mais saudáveis,
plantas que amadurecem melhor e não sofrem com o mau tempo, são desenvolvidos
por cientistas e têm gerado intensas discussões, pois ainda não se sabe se
esses alimentos prejudicam ou não a saúde depois de serem ingeridos a longo
prazo.
A
engenharia genética é um tema controverso, ou seja, algumas pessoas acham que
ela é uma coisa boa, enquanto outras a acham ruim. Para alguns, modificar os
genes humanos é perigoso e errado. Muitas pessoas temem que os alimentos
transgênicos sejam prejudiciais à saúde. Já outras acreditam que, se usada com
prudência, a engenharia genética pode trazer muitos benefícios à sociedade.
A
aplicação da engenharia genética a seres humanos levanta um conjunto maior de
questões éticas, morais, sociais e espirituais sobre a modificação do genoma
humano. E podemos refletir brevemente: Até que ponto o aperfeiçoamento
biológico do corpo humano, expandindo suas capacidades, adicionando aptidões e
competências ausentes nos corpos naturais, traz benefícios para o indivíduo, para
a coletividade e para a evolução da espécie humana?
Leia o texto completo:
ENGENHARIA GENÉTICA: QUAIS OS BENEFÍCIOS/LUCROS PODEMOS TER COM ESTE CONHECIMENTO?
Nenhum comentário:
Postar um comentário